A FIBROMIALGIA E A COVID-19
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A FIBROMIALGIA E A COVID-19
É evidente que a situação de pandemia provocada pela COVID-19 tem impacto no doente fibromiálgico, independentemente dos problemas de saúde provocados por esta doença que assola o mundo.
A abrupta descida de rendimentos auferidos devido à paragem das atividades económicas, o aumento do desemprego, as inseguranças financeiras e sociais, que são elementos com impacto no bem-estar mental de uma pessoa considerada “normal”, são empolados num doente fibromiálgico devido à sua condição.
O distanciamento social, a informação constante, a propagação de notícias, falsidades e mitos, nas redes sociais, o contágio (ou o medo de contágio), o falecimento de familiares e amigos, são múltiplos os fatores que contribuem para um estado de saúde mental mais frágil, aumentando os níveis de ansiedade e de stress, com consequente impacto nos sintomas da fibromialgia.
A nível de saúde física, o encerramento de ginásios, piscinas, centros de fisioterapia e de reabilitação, a suspensão de atendimentos presenciais, adiamento de consultas médicas, suspensão de Juntas Médicas, etc. também impactam, negativamente, em todos os aspetos físicos e cognitivos, em muitos casos acelerando a evolução da doença, como por exemplo, aumento da rigidez das articulações e da fadiga muscular, com retrocesso na qualidade de vida, e aumentando o risco de incapacidade e de não conseguir trabalhar.
A redução da força muscular é comum em pacientes com fibromialgia, limitando sua capacidade de realizar atividades diárias e aumentando o risco de incapacidade.
Segundo o Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência “um terço dos doentes com incapacidade e deficiência em risco de pobreza e exclusão social”, salientando ainda que “é preciso salvaguardar que não ficam para trás. Isso é muito difícil, mas tem de ser feito. Sob pena de se comprometer mais uma geração de pessoas com deficiência”.
No dia 20 de julho a FIBRO – Associação de Fibromialgia, com sede em Barcelos, em cooperação com o Rotary Club da Trofa, organizaram uma videoconferência dedicada ao tema “A Fibromialgia em tempo de pandemia”, integrada no II Ciclo de Palestras Saúde & Educação.
Os temas tratados pelos especialistas ajudaram a perceber esta doença incapacitante e invisível, assim como o seu impacto na qualidade de vida dos doentes.
Os intervenientes serão Jorge Mandim (Presidente da FIBRO), Paula Encarnação (Doutora em Ciências de Enfermagem pela Universidade do Porto – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), Rita Fernandes (Doutora em Enfermagem pela Universidade Católica Portuguesa / Instituto de Ciências da Saúde do Porto) e Vítor Seco (Professor Doutor na Universidade de Lisboa).

